Parlamento Italiano Prestação de Contas - Fabio Porta

Mais uma lei para tornar mais difícil a relação dos italianos no mundo com a Itália.

Não há dois sem três: depois da lei orçamentária de 2024, que já havia infligido um primeiro golpe duro aos direitos dos italianos no exterior (eliminando o subsídio de desemprego, suspendendo o aumento das aposentadorias e dobrando as taxas sobre a cidadania), e da agora famosa “lei da vergonha”, que cancelou a cidadania ius sanguinis após uma vergonhosa campanha midiática promovida e sustentada pelo governo, chega agora a vez da lei sobre os “serviços aos cidadãos no exterior”, que — com o pretexto de centralizar em Roma o processamento dos pedidos de cidadania — pode ser a verdadeira pedra tumular sobre a histórica relação entre a Itália e suas grandes coletividades espalhadas pelo mundo.

Os consulados, que após a nova norma sobre cidadania verão reduzir-se radicalmente o fluxo de pedidos (e portanto finalmente teriam uma estrutura adequada para responder com agilidade às milhares de solicitações), serão esvaziados dessa atribuição, que passará a um único escritório em Roma. Um escritório com algumas dezenas de funcionários substituiria o trabalho realizado por centenas de servidores em todo o mundo, com o evidente aumento do tempo de tramitação dos pedidos e a diminuição da qualidade do serviço.

O governo havia chegado a aumentar para 48 meses o prazo máximo de processamento das solicitações (que, após pedido do Partido Democrático para limitar a 24 meses, Saiba Mais >