
Pela terceira vez, teremos as eleições políticas no exterior. As eleições políticas são um momento fundamental em democracia. O resultado final dependerá também - é importante destacar isso - da contribuição de vocês, já que serão eleitos no exterior doze deputados e seis senadores.
Eu quero lhes dizer, com simplicidade, algumas poucas coisas. A nossa Itália precisa reencontrar coesão e dinamismo econômico. Mais: necessita valorizar novamente aquela ética que nestes anos todos Silvio Berlusconi desperdiçou, com sua forma duvidosa de se comportar, perante o mundo todo. E a Itália precisa ainda de equidade e de responsabilidade. Sem isso não teremos força para avançar e encontrar as soluções adequadas à crise que se abate sobre nossa sociedade, garantindo a necessária serenidade e segurança para o nosso futuro e o dos nossos filhos.
Juntos, na Itália e com os italianos que vivem ao redor do mundo, podemos e devemos fazer com que a Itália avance, crie empregos, oferecendo um espaço de trabalho e uma oportunidade para os jovens, sem que eles precisem deixar o país.
Nós temos que viabilizar as nossas empresas e tornar os produtos italianos mais fortes no mundo. Somente juntos teremos chances. Juntos queremos e podemos voltar a vencer, também para o bem das nossas comunidades.
Digo juntos porque um país dividido pelas desigualdades é um país fraco e sem futuro. O governo do centro-direita de Berlusconi cortou qualquer relacionamento com as nossas |
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comunidades ao redor do mundo; destruiu o sistema de representatividade sem reconhecer sequer o trabalho dos parlamentares eleitos no exterior; zerou os recursos para os italianos no mundo que o Governo Prodi tinha substancialmente incrementado entre os anos de 2006 e de 2008. Por seu turno, o Governo Monti, infelizmente, não conseguiu reverter esta tendência.
Podemos garantir a vocês que a era dos cortes lineares na despesa pública, assim como a época dos interesses pessoais colocados acima do interesse coletivo, da sonegação fiscal e das festinhas, que ridicularizam a Itália, podemos garantir, repito, tudo isso acabou. Precisamos de uma Itália justa, de solidariedade, de estarmos juntos enfim. Há que se ter respeito pelo trabalho e pela educação. Não faço promessas de “novos milagres italianos”, mas, assumo alguns compromissos claros e diretos também para o exterior: da garantia dos serviços consulares à disponibilização de recursos para a assistência; da melhora do sistema da informação à reforma geral do sistema de divulgação da língua e da cultura italiana no mundo; da internacionalização das empresas a uma estratégia realmente séria de valorização das novas mobilidades dos profissionais. Impõe-se reforçar e reformar todo o sistema da representação.
Então vamos olhar para o futuro e não para o passado. É preciso que todos se comprometam com esses objetivos e sejam sérios. A começar por nós, políticos, que temos o dever de dar o exemplo. A escolha de apresentar uma chapa única do centro-esquerda e do mundo das associações independentes é baseada no pressuposto que temos sempre considerado os cidadãos italianos no exterior como cidadãos de pleno direito, informados e responsáveis, capazes de dar uma contribuição importante na escolha do futuro governo do País.
Os candidatos da centro-esquerda são homens e mulheres reconhecidos e apreciados dentro das nossas comunidades, e saberão como representá-las da melhor maneira possível no futuro Parlamento da República Italiana.
Píer Luigi Bersani

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